domingo, 15 de maio de 2016

Parascaris equorum

Localização de predileção: Intestino delgado

Descrição macroscópica: Nematódeo rígido muito grande, robusto, esbranquiçado, com até 40 cm de comprimento, que não pode ser confundido com nenhum outro parasita intestinal de equinos. Os machos medem 15–25 cm e as fêmeas até 40 cm de comprimento. (Taylor, M. A., 2007, p. 225).

Hospedeiros: Cavalos, asininos
O ciclo de vida é direto e migratório. Os ovos produzidos pela fêmea adulta são eliminados nas fezes e podem alcançar o estágio infectante até em 10–14 dias. Após ingestão e eclosão, as larvas penetram na parede intestinal e em 48 horas alcançam o fígado. Por volta de 2 semanas, chegam aos pulmões, de onde migram até os brônquios e a traqueia, são deglutidas e retornam ao intestino delgado. A longevidade do verme é de até 2 anos. (Taylor, M. A., 2007, p. 225).
Os principais sinais clínicos após infecção são tosse, secreção nasal, febre, anorexia, distúrbios nervosos e cólica. Vermes adultos podem causar enterite grave, resultando em prisão de ventre e diarreia.
As alterações macroscópicas no fígado e nos pulmões são provocadas pelas larvas migrantes de P. equorum. No fígado, elas causam hemorragias focais e tratos eosinofílicos. A migração das larvas nos pulmões também acarreta hemorragia e infiltração por eosinófilos, que depois são substituídos por acúmulos de linfócitos, enquanto se desenvolvem nódulos linfocíticos verde-acinzentados em torno das larvas mortas ou em processo de morte. (Taylor, M. A., 2007, p. 225).
Para que se tenha um controle desse parasito é de enorme importância evitar usar as mesmas baias para éguas e seus potros, como a transmissão se dá geralmente entre potros, o tratamento deve começar quando os potros estão com oito semanas de idade, utilizando Benzimidazóis (como fembendazol, oxfendazol, oxibendazol), pirantel, ivermectina e moxidectina são todos efetivos contra vermes adultos e larvas quando administrados por via oral.

                  Figura 1. Parascaris equorum do intestino de um eqüino infectado
Fonte: Parasitologia Veterinária / M. A. Taylor, R. L. Coop, R. L. Wall; 2007

Benzimidazóis Mecanismo de Ação 
  • Interferem na produção de energia (ATP) 
  • Inibem a enzima fumaratoredutase 
  • Inibem o transporte de glicose 
  • Possuem atividades seletiva somente contra os parasitas  
  • Via de Adm.: Oral 
  • Via de Eliminação: Urina 

Dose: Alterada de acordo com parasita e gravidade do quadro clínico Equinos: 44mg/kg 

Referências Bibliográficas: 
 M.A. Taylor, R.L. Coop & R.L. Wall, 3° ed., Parasitologia Veterinária. 2007. 
 BOWMAN, Dwight D.. Parasitologia veterinária de Georgis. 8. ed. Barueri: Manole, 2006. 









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