domingo, 15 de maio de 2016

Haematopinus suis

Haematopinus suis é um ectoparasita, da ordem Phthiraptera, subordem Anoplura e da família Haematopinidae, é um piolho grande castanho-acinzentado, com marcas marrons e pretas, que medem 5-6 mm de comprimento. É o maior piolho hematófago encontrado em animais domésticos. Tem a cabeça longa e estreita e peças bucais adaptadas para sugar sangue.
Haematopinus suis fêmea (Foto: Paul Leroy – França)

Durante a vida de cerca de um mês, as fêmeas depositam 1 a 6 ovos por dia, um de cada vez, que grudam nos pelos das partes inferiores do corpo nas pregas cutâneas do pescoço, bem como nas orelhas ou sobre elas, onde podem ser vistos a olho nu. A eclosão dá-se em 13-15 dias. As ninfas que emergem lembram os piolhos adultos exceto no tamanho. Em cerca de 12 dias, as ninfas amadurecem, tornam-se adultos e, em 4 dias, após se alimentar e copular, as fêmeas começam a pôr os ovos. O ciclo completo, de ovo à fase adulta, tem lugar no hospedeiro e é concluído em 2-3 semanas. Adultos podem viver até 40 dias, mas não podem sobreviver mais alguns dias fora do hospedeiro. Entre 6 e 15 gerações podem ser completadas por ano, dependendo das condições do ambiente.

Ciclo de vida do Haematopinus suis

Esse piolho é muito comum e costuma ser bem tolerado em baixa intensidade sem outros sinais além de irritação ocasional discreta. Em geral, ocorre nas pregas do pescoço e da queixada, em torno das orelhas, sobre os flancos e no dorso. A maioria das ninfas está na região da cabeça. No entanto, a irritação é causada pelas refeições de sangue pequenas mas frequentes, cada vez a partir de uma punção em local diferente, causando várias feridas.
Haematopinus suis (Foto: Landbrugsforlaget, billednr. 3008)

Em infestações maciças, os suínos ficam inquietos e não se desenvolvem. Em termos econômicos, o aspecto mais importante da pediculose em suínos provavelmente é o dano cutâneo decorrente de coçadura, com redução do valor do couro. Se adquirida por leitões, a infestação por Haematopinus suis pode retardar o crescimento. A transferência em geral é por contato, mas H. suis pode sobreviver até por 3 dias fora do hospedeiro, de maneira que a transferência pode também ocorrer quando animais são colocados em acomodações sujas recém-esvaziadas.
O Haematopinus suis é o único piolho encontrado em suínos. Os adultos são vistos com facilidade na pele e podem ser removidos e identificados por microscopia óptica.

Haematopinus suis

Tanto a epiderme como o cório podem ser acometidos por lesões inflamatórias nos locais de punção por picadas. Inicialmente, prevalece infiltração de neutrófilos com necrose de células epiteliais, seguida por proliferação capilar com multiplicação de angioblastos e fibroblastos.
 A epidemiologia ocorre por infecção primaria por contato físico entre suínos, particularmente em animais confinados sob regime de engorda e porcas lactantes confinadas com suas ninhadas. No entanto, os piolhos também podem ser adquiridos quando animais são colocados em acomodações sujas recém-esvaziadas.
O tratamento é feito com Avermectinas administradas por via parenteral ou o organosfosforado fosmet pour-on mostraram-se altamente efetivos como tratamento único. O amitraz e a deltametrina também são efetivos. Assim que o diagnóstico de pediculose é estabelecido, é fundamental tratar todo o plantel.

Referências Bibliográficas:
Taylor, M.A; Coop, R.L; Wall, R.L. Parasitologia Veterinária. 3. Ed. Guanabara Koogan SA, 2007.
Wildcat Bluff, Johnson County, Illinois, EUA. 03 de dezembro de 2013.




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