quinta-feira, 12 de maio de 2016

Babesia caballi



A Babesiose equina é uma doença transmitida por carrapatos contaminados, causada pela Babesia caballi pertencentes ao gênero Babesia. O parasito é injetado no hospedeiro junto á saliva do carrapato vetor e infecta diretamente as hemácias, o parasito geralmente se multiplica em duas células filhas, que por sua vez deixam a hemácia parasitada e entram em outra hemácia não parasitada. Essa doença é mais comum em regiões tropicais e sub-tropicais, onde há maior proliferação do carrapato vetor.

                 Figura 1 – Carrapatos Dermacentor nitens, principal vetor da Babesia Caballi

Fonte: Blog Patologia Veterinária


Sinais Clínicos
As manifestações clínicas da babesiose incluem febre, anorexia, anemia devido à hemólise, petéquias nas mucosas, icterícia e edemas (THOMASSIAN, 2005). A principal queixa dos proprietários de cavalos de competições é a redução do desempenho do animal, que é conseqüência da anemia intensa.

Figura 2 - Cavalo com infestação de carrapatos
Fonte: Blog Patologia Veterinária


Figura 3 – Acúmulo de líquido (Edema) na região ventral
Fonte: Portal de Veterinária


As alterações microscópicas encontradas na babesiose também ocorrem em várias outras enfermidades, as lesões mais frequentemente encontradas são: degeneração dos hepatócitos e linfonodos com aumento de macrófagos.

O diagnótico da babesiose é feito baseado nos sinais clínicos e pelos exames complementares, utilizando a técnica de PCR.


Tratamento
A babesiose é tratada pelo uso de babesicida, o fármaco mais comumente utilizado em eqüinos é o dipropionato de imidocarb (Imizol) numa dose de 2,2mg/kg por via intramuscular. A dose pode variar dependendo do peso e estágio da doença do animal.

Figura 4 - Dipropionato de imidocarb (Imizol)
Fonte: Shopping do Campo


Ação do Fármaco
  O Imidocarb age diretamente no parasito, causa alterações morfológicas e funcionais no núcleo e no citoplasma do parasito. Quando administrado é rapidamente absorvido pela via intramuscular, atingindo altos níveis sanguíneos e é amplamente distribuído para todo o tecido, que servem como reserva, resultando num efeito antiprotozoário prolongado.

Efeitos Colaterais do Fármaco
Este fármaco pode provocar dor e irritação no local de aplicação. Pode, ainda, provocar efeitos colinérgicos, tais como salivação excessiva, secreção ocular, diarréia, cólicas e efeitos neuromusculares como tremores e convulsões, embora essas reações sejam raras, podem ocorrer e levar ao óbito do animal, sendo possível atenuar estas reações com sulfato de atropina.
O fármaco deixa resíduos no fígado e rins por longos períodos, podendo levar à necrose dos mesmos (BARROS; DI STASI, 2012).


Referências Bibliográficas

ROBINSON, Edward; SPRAYBERRY, Kim. Robinson’s Current Therapy in Equine Medicine, 7th Edition.  Saunders, 2014.
ADAMS, H. Richard. Booth. Farmacologia e Terapêutica em Veterinária, 8ª edição. Guanabara Koogan, 2003. 
BARROS, Ciro Moraes; DI STASI, Luiz (eds.). Farmacologia Veterinária. Manole, 2012. 

Referências Eletrônicas

Tratamento – Babesiose. Portal Educação, 25 fev. 2013. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/35440/tratamento-babesiose.

Babesiose em Equinos. Patologia Veterinária, 04 out. 2014. Disponível em: http://patologiaveterinaria12.blogspot.com.br/2014/10/babesiose-em-equinos.html

Imizol Resumo das Características do Medicamento. Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, jun. 2014. Disponível em: http://www.msd-animal-health.pt/Binaries/Imizol_RCM_03_tcm61-163922.pdf

Babesia Caballi. Portal Educação, 20 mar. 2009. Disponível em: http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/artigos/7792/babesia-caballi

Artigos
Marise Andri Piotto. Determinação da infecção por Theileria equi e Babesia caballi em eqüinos alojados na Jóquei Clube de São Paulo por meio da técnica de C-ELISA, 2009.

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